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sábado, 28 de maio de 2011

Arte Comportamental: Niilismo e Consumismo.

Olá leitores,

Esses dias vi esse clipe da Lily Allen de uma música chamada The Fear, em que se faz uma crítica contundente ao consumismo associando-o à falta de valores.Achei interessante, por que embora já tenha visto esse tipo de associação sendo feita, nunca tinha reparado em como se busca o controle das massas através da propagação do niilismo e consumismo.

O clipe vem a seguir:



Percebam como começa o clipe, a personagem que mora num lugar pobre e a primeira estrofe ela( a personagem) já declara seu desejo e sua valorização de ter muitas roupas e diamantes, e desvalorização por diversão ou inteligência(tanto dela quanto de outros).No quarto verso faz uma crítica sutil, porém ácida, ao desejo por diamantes dizendo que soube que algumas pessoas morrem para consegui-los.Neste ponto , acredito que esteja se referindo a guerra por diamantes que ocorre em certas partes da África, retratada no filme Diamantes de Sangue, mas claro que isso também vale para uma perspectiva mais geral em relação ao dinheiro e as pessoas que são sacrificadas para que os ricos mantenham seu bem-estar.

Na segunda estrofe, a personagem expõe seu método para se tornar famosa, que seria tirar as roupas.Tirar as roupas pode se referir a posar numa revista erótica, fazer sexo com alguém que pode deixá-la famosa ou até mesmo aparecer nua em alguma situação “constragedora”.Também comenta que isto não é de fato constrangedor ou vergonhoso, pois todos sabem que assim alguém se torna famoso.Como se tornar famosa é o que é bom, no momento, então a fama, independente dos meios e conseqüências, seria o mais importante.A personagem fala que olhará no The Sun e no The mirror, que são dois jornais londrinos, mostrando a preocupação com a fama.

Chegando na estrofe a personagem demonstra o estado de total niilismo e falta de valores.Ela “não sabe mais o que é certo ou real” ou como deveria se sentir.Ela está sendo dominada pelo medo.

Outros pontos importantes da música,é quando a personagem se declara como uma “arma de consumo em massa” colocando tanto o caráter fatal de seu comportamento consumista para outras pessoas, fazendo uma paródia com o termo arma de destruição em massa, associando consumo à destruição.Na mesma estrofe, ela se ignora sua responsabilidade sobre as conseqüências de suas ações, comentando o caráter programado de suas ações.Programado, leia-se, pela sociedade.

Na última estrofe da música, antes do refrão, a personagem retoma perigo que é o seu comportamento consumista para outras pessoas, dizendo que ela é o que é de mais destrutivo em termos de arma.Também retoma a falta de responsabilização sobre seus atos, quando diz que não é santa nem pecadora, a ética e moral não deve ser discutida, revelando, novamente, falta de valores e tendência niilista.

5 comentários:

  1. Já ouvi várias vezes essa música e nunca tinha me tocado nesse trocadilho do The Sun e The Mirror!!
    Você está escrevendo cada vez melhor. :)
    Beijos,

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  2. obrigado pelos comentários, espero escrever cada vez mais textos que dêem motivos para ser comentados

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  3. Muito bem observado!
    Já tinha ouvido essa mesma música milhares de vezes e nunca me tinha apercebido da crítica cerrada...
    Gostei muito da tua maneira de escrever!!
    Muito mesmo!
    Simples,mordaz e inteligente!

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  4. Oi Close up! obrigado pelos comentários!
    espero que goste dos próximos posts!

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