Resumo:
O método científico é o método de escolha para estudar fenômenos, que resulta no mais alto nível de credibilidade objetiva. Sem o entendimento básico e apreciação dos pilares da ciência e da investigação científica, corre-se o risco de acreditar em relações de causa e efeito que de fato não existem e a adotar tratamentos para vários interesses que podem não ser verdadeiramente efetivos.Três princípios da ciência que ajudam o pensamento racional e objetivo são o ceticismo, experimentação, e validade interna. Comportar-se ceticamente e exigir experimentação que controle ameaças a validade interna aumenta as chances de rejeitar teses que não tenham provas e adotar teses que tenham algum nível de evidência verossímil.
Soube-se da existência do pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis) até 1944. Inesperadamente, em 2004, ele foi supostamente visto perto de Brinkley, Arkansas. Esta suposição resultou em uma expedição científica que produziu um vídeo inconclusivo que foi usado para confirmar a reaparecimento da extinção, um artigo da Science magazine exaltando a animação sobre o reaparecimento do pássaro, e uma fascinação mundial sobre espécies supostamente extintas, mas existentes novamente.Ainda, apesar de aproximadamente 5 anos de busca e custo de próximo a 10 milhões de dólares, não existe nenhuma prova física que o pica-pau está de fato vivo (Radford, 2009).
Em uma conferência de 2004 sobre o tratamento de Desordens do Espectro Autista (ASD), um doutor médico falou a um grupo de pais sobre os campos eletromagnéticos e seu impacto no autismo. O doutor perguntou a uma mãe se ela usava celulares, e ela respondeu afirmativamente. Com um grande balançar das mãos, o doutor pronunciou, “jogue-os fora!” defendendo a crença não provada de que energia elétrica emanada de celulares, de alguma forma, foi responsável ou teve um impacto negativo sobre os sintomas de desordem neurológica.
Quando confrontado com essas teses que são apresentadas como verdadeiras, como nós podemos fazer uma avaliação razoável sobre ( de forma tão confiável quanto possível) se a afirmação tem mérito? Essa questão fundamental tem impacto, virtualmente, em todas as áreas de nossa sociedade. Estas teses são abundantes – de abduções alienígenas, a existência do monstro de Loch Ness e pé grande, e que comer carne de javali cura autismo.Como nós podemos “separar o joio do trigo” de forma que previna a aceitação de teses muito suspeitas que não se sustentam, e permitir a adoção, com algum grau de certeza e conforto, de teses que são prováveis de serem verdadeiras de fato?
O melhor caminho conhecido para avaliar teses é adotar a disciplina intelectual da ciência e o método científico de investigação. Esta metodologia envolve (1) adotar a “dúvida filosófica” ou ceticismo (e.g., Cooper, Heron, & Heward, 2007) e (2) conduzir experimentos controlados que (3) minimizem as ameaças a validade interna. Praticar o ceticismo é crucial para proteger alguém de acreditar em teses sem sustentação, embora o público americano veja o efeito da ciência na sociedade como positiva (em uma pesquisa recente, 84% dos que responderam disseram que o efeito da ciência era principalmente positivo e os cientistas estão como a terceira profissão que mais contribuem para a sociedade, atrás dos militares e professores; American Association for the Advancement of Science, 2009), a adoção continuada de crenças , teses e tratamentos bizarros sem provas (particularmente no campo do autismo) permanecem fortes, sugerindo que embora a ciência seja enaltecida, o ceticismo (e o pensamento científico em geral) não é amplamente praticado. O uso de experimentação é o mais rigoroso dos níveis da ciência (Cooper, ET al., 2007) por causa do uso da manipulação sistemática de variáveis para testar a existência de relações causais.
Ceticismo não é uma visão que promove a descrença em toda verdade ou juízo (Normand, 2008). Ceticismo é mais refinado. Merriam-webster online (2010) define como, “uma atitude de dúvida ou disposição para a incredulidade no geral ou a um objeto particular.” A palavra vem do grego “skeptikos”, significando “inquisidor” ou “investigador” (Dicarlo, 2009). Pigliucci (2009) define ceticismo próximo ao significado grego original como uma suspensão da tese (seja adotando ou rejeitando) até que evidencias suficientes sejam examinadas.
Kurtz (2010) enfatiza esta perspectiva com a discussão sobre “investigação cética”, uma abordagem que incentiva ao examinador a “... buscar, quando possível, evidências adequadas e embasamento razoável para a verdade de qualquer tese em qualquer contexto”. (Normand, 2008). Teses de todos os tipos deveriam ser antes de qualquer adoção ou rejeição, examinados para a quantidade e qualidade das evidencias que os sustentam. Assim, se há um tratamento em particular para o qual há uma sustentação em evidencias válidas, esse tratamento deveria ser adotado e visto como baseado em evidências.No entanto, quando uma tese não se sustenta em evidências, ou a evidência disponível é fraca e de pouca qualidade ( como confiar apenas na opinião daquele que adota a tese), a rejeição de tal tese ou posição deveria ser escolhida. De modo simples, ceticismo é a posição para a avaliação objetiva, olhando para a evidência empírica, a validade de qualquer tese ou fato, e baseando a rejeição ou adoção na evidencia (ou na falta de evidencia;Normand, 2008)
Esta atitude cética, e a abordagem investigativa correspondente, reduzem a possibilidade de adotar, como verdadeira, uma tese (ou tratamento) que pode não ser verdadeira. Como se costuma dizer, afirmações extraordinárias podem ser verdadeiras, mas uma abordagem cética a respeito delas iriam exigir extraordinárias evidencias e avaliação dessas evidencias.Para reforçar, um pensador cético não rejeita todos, nem aceita todos as teses como verdadeiros.Ao contrário, o posição de um pensador cético é o de avaliar a validade da evidencia antes de faze uma decisão. O tipo de evidencia e importante, e há um reconhecimento de que existe um pouco de variação e debate acerca de qual evidencia constitui uma evidencia “válida” (Zane & Hanson, 2008). Mas a um acordo geral de que os métodos e critérios usados pela ciência é a perspectiva mais aceitável para adotar.
Normand(2008) inteligentemente reconheceu que a literatura fornece pouca especificação sobre como exatamente se comportar ceticamente. Para aumentar o número de pessoas que são “céticos científicos” (o termo original era “scientific skeptics” cunhado por Normand; aqueles que pensam e agem ceticamente), diversas sugestões são oferecidas.
Primeiro, estudar e adotar métodos da ciência, investigação
científica, e ceticismo, descrito por diversos livros didáticos que existem
sobre o assunto (e.g. Cooper, et al., 2007; Sagan, 1996). A perspectiva
científica e método de investigação era imunizar contra a aceitação reflexiva
de teses que não tem base alguma.
Segundo, exigir
que qualquer um que apresente teses extraordinárias forneça evidências
extraordinárias para sustentar estas teses. Por exemplo, quando praticantes de
terapia crânio sacral afirmam que eles não precisam nem tocar o corpo do
cliente para mudar o curso do líquido cérebro-espinha (Zane, 2005), eles
precisariam apresentar evidencia de que isto de fato é verdade. Quando Gutstein,
o desenvolvedor da Intervenção do Desenvolvimento do Relacionamento
(Relationship Development Intervention), afirma que, “O programa do RDI é para
qualquer idade e para qualquer grau de severidade, incluindo aqueles que são
severamente afetados pelo autismo” (Connection Center, 2005), ele deveria
apresentar a evidência que sustenta sua tese extraordinária.
Terceiro não seja
crédulo - não aceite teses sem avaliação. Aceitar todas as teses não é apenas
desonestidade intelectual, mas potencialmente perigoso e fatal (Pigliucci, 2009).
Por exemplo, promover remédios holísticos para curar AIDS provavelmente irá
resultar em mortes desnecessárias de pessoas com a doença. Aceitar credulamente
a tese falsa de que vacinas causam autismo, pode levar pais a não vacinar suas
crianças, e tais ações colocam a criança em risco de doenças sérias. Além
disso, aceitar teses sem avaliação crítica resultará em um custo significativo
de dinheiro, tempo e emoção (Zanem Davism & Rosswurm, 2009). Credulidade é
o oposto de ceticismo, então exigir evidência da verdade irá naturalmente
proteger alguém de ser crédulo de mais, aceitando qualquer tese.
Quarto
comporte-se de acordo com essa regra – “Na ciência, manter a mente aberta é uma
virtude – apenas não deixe tão aberta a ponto do seu cérebro escapar.” (James
Oberg; Sagan, 1996). Em outras palavras, seja intelectualmente disposto a
aceitar qualquer tese, desde que sempre busque por evidência e prova da verdade
antes de garantir a aceitação.
Finalmente, ache
contextos que promovam o ceticismo. Por exemplo, participe de encontro com
outros céticos e escute podcasts, como o “The Skeptics Guide to the Universe”
irá levar e reforçar o comportamento cético (Loxton, 2009). Considere algumas
sugestões seguintes no “What Do I Do Next”, uma chamada para atuação de todos
os céticos.(Loxton, 2009)
Incluindo no comportar-se ceticamente, outro pré-requisito para avaliação de tratamentos clínicos é entender quais tratamentos podem ser efetivos e tem chance de apresentar resultados positivos.E um pré-requisito para determinar quais tratamentos tem realmente tem sido provados como “baseado em evidências” é um entendimento de alguma informações sobre o que faz de uma método de pesquisa um método válido.
Considere um
estudo recentemente publicado por Rossignol e Rossignol (2006), no qual eles
avaliaram que o efeito da câmara hiperbárica sobre um conjunto de sintomas de seis
crianças diagnosticadas como autistas. Antes do começo da terapia de oxigênio
hiperbárico (HBOT), pesquisadores avaliaram os participantes segundo três
medidas, o Autism Treatment Evaluation Checklist, o Childhood Autism Rating
Scale, e o Social Responsiveness Scale. As crianças, então, participaram no
HBOT por 40, sessões de uma hora e os pesquisadores reavaliaram os
participantes usando as mesmas medidas no pré-teste. Para a maioria das
crianças, os resultados dos pós-testes foram menores em cada avaliação (para
esses instrumentos, um resultado baixo sugere menos sintomas de autismo e
melhora do funcionamento.). Então, os autores sugeriram que HBOT foi
responsável pela melhora.
Considere o
estudo de Gutstein, Burgess, e Monfort (2007) no qual foi avaliada a
efetividade de um tratamento para autismo desenvolvido por Gutstein chamado de
Relationship Development Intervention (RDI). Aqui, os autores selecionaram 16
crianças com autismo e revisaram seus prontuários, observando os resultados de
seus testes em várias medidas anteriores a aplicação do RDI. Os autores notaram
que seus resultados no subteste do Autism Diagnostic Observation Schedule e
Autism Diagnostic Interview-Revised, e pais forneceram informação sobre o local
de ensino de cada criança (em um continuum de intrusividade) e nível de “flexibilidade”
(i.e., o nível de conforto da criança reagindo à mudança em sua vida e rotina).
Depois de obter essas medidas, os participantes receberam o RDI por 18 meses em
média. Seguindo o tratamento, Gutstein, et al. Aplicando o pós-teste usando as
mesmas medidas no pré-teste. Para a maioria das crianças, os autores concluíram
que o resultado do pós-teste melhorou em relação aos resultados dos pré-testes,
e sugeriram que o RDI foi responsável pela melhora.
Pesquisadores e
clínicos freqüentemente tentam demonstrar a efetividade do tratamento para
autismo usando este método comum de “pré-pós” teste (também chamado de “before-after”,
“AB”, e “modelo de Pré-teste pós-teste de um grupo”; e.g., Drew, Hardman, &
Hosp, 2008; Fraenkel & Wallen, 2009). A estratégia geral num estudo de
pré-pós teste é obter alguma medidas das variáveis dependentes críticas que
hipoteticamente mudam pelo tratamento, implementando o protocolo de tratamento,
e então re-administrando a mesma medida do pré-teste.Aqui se assume que se o resultado do pós-teste
muda positivamente em relação ao pré-teste, então a mudança se deve ao
tratamento.Muitos pesquisadores e desenvolvedores de tratamentos usam esse
modelo básico (e.g. Linderman & Steward, 1999,; Rossignol, Rossignol,
James, Melnyk, & Mumper, 2007).
A questão importante
é se esse modelo permite uma prova convincente que o tratamento causou a
melhora na variável medida? A resposta é ambígua - esse modelo básico nunca
permite uma confirmação da relação de causa e efeito entre um tratamento e
mudanças positivas nas variáveis dependentes (e.g., sintomatologia autista;
Drew, et al., 2008; Fraenleç & Wallen, 2009).
A fraqueza desse
modelo em demonstrar relações causais relaciona-se a sua incapacidade de
minimizar as ameaças a “validade interna”. A validade interna de uma pesquisa
refere-se ao nível de confiança para se acreditar que mudanças nas variáveis
medidas são devidas ao protocolo de tratamento usado. Se pesquisas são
desenhadas de modo a eliminar qualquer explicação diferente da de que o efeito
do tratamento é o que é medido, então a pesquisa tem uma forte validade
interna. Por outro lado, se a pesquisa é desenhada de modo que permitem outras
explicações diferentes da de que a variável tratamento possivelmente está
influenciando o que é medido, então o tratamento tem uma fraca validade
interna, e a conclusão deve ser de que o tratamento pode não ser a única razão
para a mudança nas variáveis dependentes. E se é assumido que outras variáveis
diferentes do tratamento podem ter produzido as mudanças no que é medido,
deve-se concluir que o tratamento, provavelmente, não causou as mudanças.
Há diversas ameaças
a crença rígida de que o tratamento causou as mudanças positivas nos
comportamentos ou habilidades dos participantes. Qualquer pesquisa deve lutar
para eliminar essas ameaças de impactar seriamente o estudo e resultados. Algumas
dessas ameaças são revisadas a seguir:
Características
subjetivas – essa ameaça refere-se à possibilidade de que os participantes
selecionados para o estudo podem ter certas características que fazem deles
mais sensíveis ao tratamento ou ter um desempenho melhor. Essa ameaça é
altamente provável quando a pesquisa usa apenas um grupo de participantes, ou o
pesquisador não selecionou os participantes de modo randômico.
Perda de sujeitos
- se um pesquisador apresenta que muitos participantes não terminaram o tratamento,
isto poderia enviesar os resultados, devido à possibilidade de que esses participantes,
se eles tivessem terminado o tratamento, poderiam não ter sido impactados pelo
tratamento tal como outros participantes foram.
Local – se os
participantes da pesquisa estão localizados em lugares diferentes (como turmas
diferentes, diferentes materiais e recursos), então esses fatores poderiam
explicar qualquer resultado positivo, em oposição a acreditar que apenas um
tratamento poderia ter influenciado os participantes.
Instrumentação –
esta ameaça se refere a diversos problemas em potencial. Primeiro, se há pouca
fidedignidade e validade no teste, então esta ameaça é uma possibilidade. Se
quem coletou os dados não são bem treinados, ou se há ocasionais “verificações
de confiança” sobre os coletores de dados primários, então talvez haja um viés
introduzido no grupo de dados, e este fator sozinho poderia explicar qualquer
resultado positivo, em oposição à crença de que o tratamento foi o responsável.
Um exemplo de viés potencial na coleta de dados é quando a pessoa que
desenvolveu o tratamento conduz o estudo. Nesses casos, alguém deve
cuidadosamente estudar a metodologia da coleta de dados, para certificar-se de
que todas as medidas de segurança estão protegidas.
O modelo de pré-teste
pós-teste é fatalmente falho com relação à validade interna. Por exemplo, se os
participantes melhoram do pré-teste para o pós-teste, o aumento poderia ser devido
ao simples maturidade dos participantes (física ou psicológica) durante o
andamento do experimento. Considere um projeto de pesquisa feito sobre o curso
de um ano com pré-escolares com autismo. Uma melhora na avaliação do pré-teste
para o pós-teste (depois de um ano) poderia ser devido à simples maturação
natural dos participantes, ao invés da influencia do tratamento. Outra possível
ameaça à crença de que o tratamento causou mudanças positivas relacionam-se a
participantes que foram escolhidos segundo resultados extremamente baixos (ou desempenho
extremamente ruim) para as variáveis medidas no pré-teste. Geralmente, resultados
muitos baixo irão freqüentemente melhorar, e resultados extremamente altos irão
freqüentemente diminuir, com a repetição de avaliações, apenas por que são
resultados tão extremos. Então, qualquer estudo que envolve participantes,
escolhidos por terem apresentado resultados muito baixos ou muito altos nas
variáveis dependentes, e que usam o
modelo de pré-teste pós-teste, está vulnerável a essa ameaça em particular e
então não se pode acreditar que o tratamento causou qualquer melhora.
O grupo de modelo
pré-teste pós-teste é imperfeito por diversas ameaças, não discutidas,
adicionais a validade interna. A realidade é que qualquer tentativa de
demonstrar a efetividade do tratamento usando um pré-teste em um grupo de
participantes, e então aplicando um tratamento, seguido de uma reavaliação das variáveis
observadas, estará sempre aberto ao ceticismo de ligar a melhora ao tratamento.
Este tipo de modelo nunca irá permitir uma forte confiança na crença de uma
conexão entre tratamento e melhora.
Teses anticientíficas,
pseudo-científicas e bizarras continuam a ganhar influencia sobre o público e
este estado de coisas é parcialmente devido a uma falta de entendimento da
natureza da ciência (Lamal, 2009). Ceticismo é um conceito chave no
entendimento de como avalizar o nível de credibilidade de algo. Pigliucci (2009)
vai longe chegando a acreditar que á uma exigência ética em ser cético e
questionar a veracidade das teses. Ele afirma que todo mundo deve buscar a
verdade e isto precisa de um “kit de ferramentas de detecção de mentiras” (Sagan,
1996). Este conjunto de regras e procedimentos analíticos e de tomada de
decisão nos permite, na melhor forma possível, verificar o que pode ser
verdadeiro e o que não tem evidência para sustentar a credibilidade. A adoção
de um ceticismo saudável resultará em um público mais informado, tomadas de
decisão sobre teses e tratamentos mais informados, e ter um efeito geral de
promoção da verdade e validade para nos proteger de teses extraordinárias que
tem pouca razão para se acreditar.
Toda pesquisa não
é igual em qualidade. Apenas por que uma pesquisa tem sido conduzida e mostra
mudanças positivas em alguns aspectos do autismo, isso não significa,
necessariamente, que o tratamento foi responsável por essas mudanças. Desde que
se disse que o autismo é um “imã da moda” (e.g., Jacobson, Foxx, & Mulick,
2005), pais e outros consumidores devem criticar qualquer pesquisa que busca
mostrar um efeito positivo de um tratamento, e tentar determinada se ameaças a
validade interna são controladas pelo experimentador. Se não controladas, se
ameaças a validade interna são possíveis, então as mudanças positivas
atribuídas ao tratamento poderia ser devido tanto ao tratamento quanto as
variáveis que confundem não controladas. Se ambos os casos são uma possibilidade, então
se deve assumir que as variáveis não controladas são a razão para a mudança.
Por isto é tão importante que se assegure a validade interna.
Ao ativar seus “detectores
de mentiras” (Sagan, 1999) pais, cuidadores, e fornecedores de serviços podem
evitar adotar tratamentos que não tem prova de efetividade, e então ser mais
provável escolher tratamentos para os quais existe um corpo de bem projetado de
pesquisas sustentando a relação de causa e efeito. O ceticismo irá imunizar
pessoas considerando que o que causa certo comportamento ou fenômeno e proteger
eles de assumir que coisas que não resistem ao escrutínio científico. Pesquisa
em tratamentos para o autismo que buscam mostrar evidencia de efetividade, mas
que utiliza apenas estudos com pré-testes e pós-testes precisam ser vistos com
cautela e não se deve pensar que produzem conclusões válidas que permitem consumidores
e cuidadores a acreditar que o tratamento de fato funciona. Um melhor
entendimento das falhas neste básico e usual modelo de pesquisa usa do poderia
aumentar o acesso a serviços de tratamentos clínicos.
Para saber mais:
Artigo original: The Behavior Analyst Today:
Página 206 do The Behavior Analyst Today, volume 11, número 3, ano 2010: http://www.baojournal.com/BAT%20Journal/VOL-11/BAT%2011-3.pdf
Muito bom, Pedro!
ResponderExcluirVocê está ajudando muito a quem (eu)não lê bem o inglês.
A escolha do texto foi boa para reforçar os cuidados com a credulidade aos tratamentos da moda que muitos adotam sem exigir o rigor do ceticismo e experimentação.
Abraço!
Thais Maia
Olá Thaís,
ResponderExcluirObrigado pelo apoio.Vou buscar traduzir mais artigos no futuro.Estou começando com pequenos para me acostumar a traduzir e aumentar minha velocidade.
abraços,
Pedro Siqueira
Sobre ceticismo ouça entrevista nos links abaixo :
ResponderExcluirhttp://cbn.globoradio.globo.com/programas/caminhos-alternativos/2011/11/05/CETICISMO-A-BUSCA-PELA-VERDADE-UM-RESPIRO-PARA-O-RENASCIMENTO-O-PERIGO-DO-AMIDO.htm
http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/platb/caminhosalternativos/2011/11/05/ceticismo-o-caminho-do-nao-acreditar/