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sábado, 8 de outubro de 2011

[Tradução] Como ser fiel a nossa ciencia: três princípios para guiar nosso comportamento

Thomas Zane, ph.d, bcba


Resumo:
O método científico é o método de escolha para estudar fenômenos, que resulta no mais alto nível de credibilidade objetiva. Sem o entendimento básico e apreciação dos pilares da ciência e da investigação científica, corre-se o risco de acreditar em relações de causa e efeito que de fato não existem e a adotar tratamentos para vários interesses que podem não ser verdadeiramente efetivos.Três princípios da ciência que ajudam o pensamento racional e objetivo são o ceticismo, experimentação, e validade interna. Comportar-se ceticamente e exigir experimentação que controle ameaças a validade interna aumenta as chances de rejeitar teses que não tenham provas e adotar teses que tenham algum nível de evidência verossímil.
Soube-se da existência do pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis) até 1944. Inesperadamente, em 2004, ele foi supostamente visto perto de Brinkley, Arkansas. Esta suposição resultou em uma expedição científica que produziu um vídeo inconclusivo que foi usado para confirmar a reaparecimento da extinção, um artigo da Science magazine exaltando a animação sobre o reaparecimento do pássaro, e uma fascinação mundial sobre espécies supostamente extintas, mas existentes novamente.Ainda, apesar de aproximadamente 5 anos de busca e custo de  próximo a 10 milhões de dólares, não existe nenhuma prova física que o pica-pau está de fato vivo (Radford, 2009).

Em uma conferência de 2004 sobre o tratamento de Desordens do Espectro Autista (ASD), um doutor médico falou a um grupo de pais sobre os campos eletromagnéticos e seu impacto no autismo. O doutor perguntou a uma mãe se ela usava celulares, e ela respondeu afirmativamente. Com um grande balançar das mãos, o doutor pronunciou, “jogue-os fora!” defendendo a crença não provada de que energia elétrica emanada de celulares, de alguma forma, foi responsável ou teve um impacto negativo sobre os sintomas de desordem neurológica.

Quando confrontado com essas teses que são apresentadas como verdadeiras, como nós podemos fazer uma avaliação razoável sobre ( de forma tão confiável quanto possível) se a afirmação tem mérito? Essa questão fundamental tem impacto, virtualmente, em todas as áreas de nossa sociedade. Estas teses são abundantes – de abduções alienígenas, a existência do monstro de Loch Ness e pé grande, e que comer carne de javali cura autismo.Como nós podemos “separar o joio do trigo” de forma que previna a aceitação de teses muito suspeitas que não se sustentam, e permitir a adoção, com algum grau de certeza e conforto, de teses que são prováveis de serem verdadeiras de fato?

O melhor caminho conhecido para avaliar teses é adotar a disciplina intelectual da ciência e o método científico de investigação. Esta metodologia envolve (1) adotar a “dúvida filosófica” ou ceticismo (e.g., Cooper, Heron, & Heward, 2007) e (2) conduzir experimentos controlados que (3) minimizem as ameaças a validade interna. Praticar o ceticismo é crucial para proteger alguém de acreditar em teses sem sustentação, embora o público americano veja o efeito da ciência na sociedade como positiva (em uma pesquisa recente, 84% dos que responderam disseram que o efeito da ciência era principalmente positivo e os cientistas estão como a terceira profissão que mais contribuem para a sociedade, atrás dos militares e professores; American Association for the Advancement of Science, 2009), a adoção continuada de crenças , teses e tratamentos bizarros sem provas (particularmente no campo do autismo) permanecem fortes, sugerindo que embora a ciência seja enaltecida, o ceticismo (e o pensamento científico em geral) não é  amplamente praticado. O uso de experimentação é o mais rigoroso dos níveis da ciência (Cooper, ET al., 2007) por causa do uso da manipulação sistemática de variáveis para testar a existência de relações causais.

Ceticismo não é uma visão que promove a descrença em toda verdade ou juízo (Normand, 2008). Ceticismo é mais refinado. Merriam-webster online (2010) define como, “uma atitude de dúvida ou disposição para a incredulidade no geral ou a um objeto particular.” A palavra vem do grego “skeptikos”, significando “inquisidor” ou “investigador” (Dicarlo, 2009). Pigliucci (2009) define ceticismo próximo ao significado grego original como uma suspensão da tese (seja adotando ou rejeitando) até que evidencias suficientes sejam examinadas.

Kurtz (2010) enfatiza esta perspectiva com a discussão sobre “investigação cética”, uma abordagem que incentiva ao examinador a “... buscar, quando possível, evidências adequadas e embasamento razoável para a verdade de qualquer tese em qualquer contexto”. (Normand, 2008). Teses de todos os tipos deveriam ser antes de qualquer adoção ou rejeição, examinados para a quantidade e qualidade das evidencias que os sustentam. Assim, se há um tratamento em particular para o qual há uma sustentação em evidencias válidas, esse tratamento deveria ser adotado e visto como baseado em evidências.No entanto, quando uma tese não se sustenta  em evidências, ou a evidência disponível é fraca e de pouca qualidade ( como confiar apenas na opinião daquele que adota a tese), a rejeição de tal tese ou posição deveria ser escolhida. De modo simples, ceticismo é a posição para a avaliação objetiva, olhando para a evidência empírica,  a validade de qualquer tese ou fato, e baseando a rejeição ou adoção na evidencia (ou na falta de evidencia;Normand, 2008)

Esta atitude cética, e a abordagem investigativa correspondente, reduzem a possibilidade de adotar, como verdadeira, uma tese (ou tratamento) que pode não ser verdadeira. Como se costuma dizer, afirmações extraordinárias podem ser verdadeiras, mas uma abordagem cética a respeito delas iriam exigir extraordinárias evidencias e avaliação dessas evidencias.Para reforçar, um pensador cético não rejeita todos, nem aceita todos as teses como verdadeiros.Ao contrário, o posição de um pensador cético é o de avaliar a validade da evidencia antes de faze uma decisão. O tipo de evidencia e importante, e há um reconhecimento de que existe um pouco de variação e debate acerca de qual evidencia constitui uma evidencia “válida” (Zane & Hanson, 2008). Mas a um acordo geral de que os métodos e critérios usados pela ciência é a perspectiva mais aceitável para adotar.

Normand(2008) inteligentemente reconheceu que a literatura fornece pouca especificação sobre como exatamente se comportar ceticamente. Para aumentar o número de pessoas que são “céticos científicos” (o termo original era “scientific skeptics” cunhado por Normand; aqueles que pensam e agem ceticamente), diversas sugestões são oferecidas.
Primeiro, estudar e adotar métodos da ciência, investigação científica, e ceticismo, descrito por diversos livros didáticos que existem sobre o assunto (e.g. Cooper, et al., 2007; Sagan, 1996). A perspectiva científica e método de investigação era imunizar contra a aceitação reflexiva de teses que não tem base alguma.

Segundo, exigir que qualquer um que apresente teses extraordinárias forneça evidências extraordinárias para sustentar estas teses. Por exemplo, quando praticantes de terapia crânio sacral afirmam que eles não precisam nem tocar o corpo do cliente para mudar o curso do líquido cérebro-espinha (Zane, 2005), eles precisariam apresentar evidencia de que isto de fato é verdade. Quando Gutstein, o desenvolvedor da Intervenção do Desenvolvimento do Relacionamento (Relationship Development Intervention), afirma que, “O programa do RDI é para qualquer idade e para qualquer grau de severidade, incluindo aqueles que são severamente afetados pelo autismo” (Connection Center, 2005), ele deveria apresentar a evidência que sustenta sua tese extraordinária.

Terceiro não seja crédulo - não aceite teses sem avaliação. Aceitar todas as teses não é apenas desonestidade intelectual, mas potencialmente perigoso e fatal (Pigliucci, 2009). Por exemplo, promover remédios holísticos para curar AIDS provavelmente irá resultar em mortes desnecessárias de pessoas com a doença. Aceitar credulamente a tese falsa de que vacinas causam autismo, pode levar pais a não vacinar suas crianças, e tais ações colocam a criança em risco de doenças sérias. Além disso, aceitar teses sem avaliação crítica resultará em um custo significativo de dinheiro, tempo e emoção (Zanem Davism & Rosswurm, 2009). Credulidade é o oposto de ceticismo, então exigir evidência da verdade irá naturalmente proteger alguém de ser crédulo de mais, aceitando qualquer tese.

Quarto comporte-se de acordo com essa regra – “Na ciência, manter a mente aberta é uma virtude – apenas não deixe tão aberta a ponto do seu cérebro escapar.” (James Oberg; Sagan, 1996). Em outras palavras, seja intelectualmente disposto a aceitar qualquer tese, desde que sempre busque por evidência e prova da verdade antes de garantir a aceitação.

Finalmente, ache contextos que promovam o ceticismo. Por exemplo, participe de encontro com outros céticos e escute podcasts, como o “The Skeptics Guide to the Universe” irá levar e reforçar o comportamento cético (Loxton, 2009). Considere algumas sugestões seguintes no “What Do I Do Next”, uma chamada para atuação de todos os céticos.(Loxton, 2009)

                Incluindo no comportar-se ceticamente, outro pré-requisito para avaliação de tratamentos clínicos é entender quais tratamentos podem ser efetivos e tem chance de apresentar resultados positivos.E um pré-requisito para determinar quais tratamentos tem realmente tem sido provados como “baseado em evidências” é um entendimento de alguma informações sobre o que faz de uma método de pesquisa um método válido.

Considere um estudo recentemente publicado por Rossignol e Rossignol (2006), no qual eles avaliaram que o efeito da câmara hiperbárica sobre um conjunto de sintomas de seis crianças diagnosticadas como autistas. Antes do começo da terapia de oxigênio hiperbárico (HBOT), pesquisadores avaliaram os participantes segundo três medidas, o Autism Treatment Evaluation Checklist, o Childhood Autism Rating Scale, e o Social Responsiveness Scale. As crianças, então, participaram no HBOT por 40, sessões de uma hora e os pesquisadores reavaliaram os participantes usando as mesmas medidas no pré-teste. Para a maioria das crianças, os resultados dos pós-testes foram menores em cada avaliação (para esses instrumentos, um resultado baixo sugere menos sintomas de autismo e melhora do funcionamento.). Então, os autores sugeriram que HBOT foi responsável pela melhora.

Considere o estudo de Gutstein, Burgess, e Monfort (2007) no qual foi avaliada a efetividade de um tratamento para autismo desenvolvido por Gutstein chamado de Relationship Development Intervention (RDI). Aqui, os autores selecionaram 16 crianças com autismo e revisaram seus prontuários, observando os resultados de seus testes em várias medidas anteriores a aplicação do RDI. Os autores notaram que seus resultados no subteste do Autism Diagnostic Observation Schedule e Autism Diagnostic Interview-Revised, e pais forneceram informação sobre o local de ensino de cada criança (em um continuum de intrusividade) e nível de “flexibilidade” (i.e., o nível de conforto da criança reagindo à mudança em sua vida e rotina). Depois de obter essas medidas, os participantes receberam o RDI por 18 meses em média. Seguindo o tratamento, Gutstein, et al. Aplicando o pós-teste usando as mesmas medidas no pré-teste. Para a maioria das crianças, os autores concluíram que o resultado do pós-teste melhorou em relação aos resultados dos pré-testes, e sugeriram que o RDI foi responsável pela melhora.

Pesquisadores e clínicos freqüentemente tentam demonstrar a efetividade do tratamento para autismo usando este método comum de “pré-pós” teste (também chamado de “before-after”, “AB”, e “modelo de Pré-teste pós-teste de um grupo”; e.g., Drew, Hardman, & Hosp, 2008; Fraenkel & Wallen, 2009). A estratégia geral num estudo de pré-pós teste é obter alguma medidas das variáveis dependentes críticas que hipoteticamente mudam pelo tratamento, implementando o protocolo de tratamento, e então re-administrando a mesma medida do pré-teste.Aqui  se assume que se o resultado do pós-teste muda positivamente em relação ao pré-teste, então a mudança se deve ao tratamento.Muitos pesquisadores e desenvolvedores de tratamentos usam esse modelo básico (e.g. Linderman & Steward, 1999,; Rossignol, Rossignol, James, Melnyk, & Mumper, 2007).

A questão importante é se esse modelo permite uma prova convincente que o tratamento causou a melhora na variável medida? A resposta é ambígua - esse modelo básico nunca permite uma confirmação da relação de causa e efeito entre um tratamento e mudanças positivas nas variáveis dependentes (e.g., sintomatologia autista; Drew, et al., 2008; Fraenleç & Wallen, 2009).

A fraqueza desse modelo em demonstrar relações causais relaciona-se a sua incapacidade de minimizar as ameaças a “validade interna”. A validade interna de uma pesquisa refere-se ao nível de confiança para se acreditar que mudanças nas variáveis medidas são devidas ao protocolo de tratamento usado. Se pesquisas são desenhadas de modo a eliminar qualquer explicação diferente da de que o efeito do tratamento é o que é medido, então a pesquisa tem uma forte validade interna. Por outro lado, se a pesquisa é desenhada de modo que permitem outras explicações diferentes da de que a variável tratamento possivelmente está influenciando o que é medido, então o tratamento tem uma fraca validade interna, e a conclusão deve ser de que o tratamento pode não ser a única razão para a mudança nas variáveis dependentes. E se é assumido que outras variáveis diferentes do tratamento podem ter produzido as mudanças no que é medido, deve-se concluir que o tratamento, provavelmente, não causou as mudanças.

Há diversas ameaças a crença rígida de que o tratamento causou as mudanças positivas nos comportamentos ou habilidades dos participantes. Qualquer pesquisa deve lutar para eliminar essas ameaças de impactar seriamente o estudo e resultados. Algumas dessas ameaças são revisadas a seguir:
Características subjetivas – essa ameaça refere-se à possibilidade de que os participantes selecionados para o estudo podem ter certas características que fazem deles mais sensíveis ao tratamento ou ter um desempenho melhor. Essa ameaça é altamente provável quando a pesquisa usa apenas um grupo de participantes, ou o pesquisador não selecionou os participantes de modo randômico.
Perda de sujeitos - se um pesquisador apresenta que muitos participantes não terminaram o tratamento, isto poderia enviesar os resultados, devido à possibilidade de que esses participantes, se eles tivessem terminado o tratamento, poderiam não ter sido impactados pelo tratamento tal como outros participantes foram.
Local – se os participantes da pesquisa estão localizados em lugares diferentes (como turmas diferentes, diferentes materiais e recursos), então esses fatores poderiam explicar qualquer resultado positivo, em oposição a acreditar que apenas um tratamento poderia ter influenciado os participantes.
Instrumentação – esta ameaça se refere a diversos problemas em potencial. Primeiro, se há pouca fidedignidade e validade no teste, então esta ameaça é uma possibilidade. Se quem coletou os dados não são bem treinados, ou se há ocasionais “verificações de confiança” sobre os coletores de dados primários, então talvez haja um viés introduzido no grupo de dados, e este fator sozinho poderia explicar qualquer resultado positivo, em oposição à crença de que o tratamento foi o responsável. Um exemplo de viés potencial na coleta de dados é quando a pessoa que desenvolveu o tratamento conduz o estudo. Nesses casos, alguém deve cuidadosamente estudar a metodologia da coleta de dados, para certificar-se de que todas as medidas de segurança estão protegidas.

O modelo de pré-teste pós-teste é fatalmente falho com relação à validade interna. Por exemplo, se os participantes melhoram do pré-teste para o pós-teste, o aumento poderia ser devido ao simples maturidade dos participantes (física ou psicológica) durante o andamento do experimento. Considere um projeto de pesquisa feito sobre o curso de um ano com pré-escolares com autismo. Uma melhora na avaliação do pré-teste para o pós-teste (depois de um ano) poderia ser devido à simples maturação natural dos participantes, ao invés da influencia do tratamento. Outra possível ameaça à crença de que o tratamento causou mudanças positivas relacionam-se a participantes que foram escolhidos segundo resultados extremamente baixos (ou desempenho extremamente ruim) para as variáveis medidas no pré-teste. Geralmente, resultados muitos baixo irão freqüentemente melhorar, e resultados extremamente altos irão freqüentemente diminuir, com a repetição de avaliações, apenas por que são resultados tão extremos. Então, qualquer estudo que envolve participantes, escolhidos por terem apresentado resultados muito baixos ou muito altos nas variáveis dependentes,  e que usam o modelo de pré-teste pós-teste, está vulnerável a essa ameaça em particular e então não se pode acreditar que o tratamento causou qualquer melhora.

O grupo de modelo pré-teste pós-teste é imperfeito por diversas ameaças, não discutidas, adicionais a validade interna. A realidade é que qualquer tentativa de demonstrar a efetividade do tratamento usando um pré-teste em um grupo de participantes, e então aplicando um tratamento, seguido de uma reavaliação das variáveis observadas, estará sempre aberto ao ceticismo de ligar a melhora ao tratamento. Este tipo de modelo nunca irá permitir uma forte confiança na crença de uma conexão entre tratamento e melhora.

Teses anticientíficas, pseudo-científicas e bizarras continuam a ganhar influencia sobre o público e este estado de coisas é parcialmente devido a uma falta de entendimento da natureza da ciência (Lamal, 2009). Ceticismo é um conceito chave no entendimento de como avalizar o nível de credibilidade de algo. Pigliucci (2009) vai longe chegando a acreditar que á uma exigência ética em ser cético e questionar a veracidade das teses. Ele afirma que todo mundo deve buscar a verdade e isto precisa de um “kit de ferramentas de detecção de mentiras” (Sagan, 1996). Este conjunto de regras e procedimentos analíticos e de tomada de decisão nos permite, na melhor forma possível, verificar o que pode ser verdadeiro e o que não tem evidência para sustentar a credibilidade. A adoção de um ceticismo saudável resultará em um público mais informado, tomadas de decisão sobre teses e tratamentos mais informados, e ter um efeito geral de promoção da verdade e validade para nos proteger de teses extraordinárias que tem pouca razão para se acreditar.

Toda pesquisa não é igual em qualidade. Apenas por que uma pesquisa tem sido conduzida e mostra mudanças positivas em alguns aspectos do autismo, isso não significa, necessariamente, que o tratamento foi responsável por essas mudanças. Desde que se disse que o autismo é um “imã da moda” (e.g., Jacobson, Foxx, & Mulick, 2005), pais e outros consumidores devem criticar qualquer pesquisa que busca mostrar um efeito positivo de um tratamento, e tentar determinada se ameaças a validade interna são controladas pelo experimentador. Se não controladas, se ameaças a validade interna são possíveis, então as mudanças positivas atribuídas ao tratamento poderia ser devido tanto ao tratamento quanto as variáveis que confundem não controladas.  Se ambos os casos são uma possibilidade, então se deve assumir que as variáveis não controladas são a razão para a mudança. Por isto é tão importante que se assegure a validade interna.

Ao ativar seus “detectores de mentiras” (Sagan, 1999) pais, cuidadores, e fornecedores de serviços podem evitar adotar tratamentos que não tem prova de efetividade, e então ser mais provável escolher tratamentos para os quais existe um corpo de bem projetado de pesquisas sustentando a relação de causa e efeito. O ceticismo irá imunizar pessoas considerando que o que causa certo comportamento ou fenômeno e proteger eles de assumir que coisas que não resistem ao escrutínio científico. Pesquisa em tratamentos para o autismo que buscam mostrar evidencia de efetividade, mas que utiliza apenas estudos com pré-testes e pós-testes precisam ser vistos com cautela e não se deve pensar que produzem conclusões válidas que permitem consumidores e cuidadores a acreditar que o tratamento de fato funciona. Um melhor entendimento das falhas neste básico e usual modelo de pesquisa usa do poderia aumentar o acesso a serviços de tratamentos clínicos.


Para saber mais:

Artigo original: The Behavior Analyst Today:

Página 206 do The Behavior Analyst Today, volume 11, número 3, ano 2010: http://www.baojournal.com/BAT%20Journal/VOL-11/BAT%2011-3.pdf

3 comentários:

  1. Muito bom, Pedro!
    Você está ajudando muito a quem (eu)não lê bem o inglês.
    A escolha do texto foi boa para reforçar os cuidados com a credulidade aos tratamentos da moda que muitos adotam sem exigir o rigor do ceticismo e experimentação.
    Abraço!
    Thais Maia

    ResponderExcluir
  2. Olá Thaís,

    Obrigado pelo apoio.Vou buscar traduzir mais artigos no futuro.Estou começando com pequenos para me acostumar a traduzir e aumentar minha velocidade.

    abraços,
    Pedro Siqueira

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  3. Sobre ceticismo ouça entrevista nos links abaixo :

    http://cbn.globoradio.globo.com/programas/caminhos-alternativos/2011/11/05/CETICISMO-A-BUSCA-PELA-VERDADE-UM-RESPIRO-PARA-O-RENASCIMENTO-O-PERIGO-DO-AMIDO.htm

    http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/platb/caminhosalternativos/2011/11/05/ceticismo-o-caminho-do-nao-acreditar/

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